Paróquia

Comunidade Santa Rosa de Lima

Domingo
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Quarta-feira
19h - (Quando terminar a quarentena)

Esperança e fraternidade em nossa Casa Comum - Por: Maria Antonieta

A Região Metropolitana de Belo Horizonte apresenta grandes riquezas naturais, que são testemunhos da criação divina. Aqui existem importantes bacias hidrográficas, como as do Rio das Velhas e Rio Paraopeba, com suas imensas redes de córregos, lagoas, brejos, plantas e animais silvestres. Mas toda essa riqueza natural é constantemente ameaçada pela mineração predatória que corta matas ciliares, soterra nascentes, envenena as águas e destrói a vida de pessoas e animais, quando suas barragens se rompem. Agora mesmo, foi aprovado no Senado brasileiro o Projeto de Lei 2159/2021, também chamado de “PL da Devastação” pois ele vai garantir a exploração e a destruição de amplas áreas de proteção ambiental por parte de empresas que só buscam o lucro. As empresas e as cidades estão sufocando a natureza!

Aqui também existe, debaixo do Quadrilátero Ferrífero, um valioso Quadrilátero Aquífero, com água doce de primeira qualidade. Mas as mineradoras pretendem construir um Rodoanel, que vai atravessar esse manancial colocando em risco sua vida, e as construtoras querem pavimentar estradas de terra na área rural de Contagem, atentando contra a represa de Vargem das Flores. Além disso, embora a água subterrânea seja um bem coletivo, muitas empresas se apropriam dela por um valor irrisório, provocando a seca subterrânea e a morte de córregos, riachos, lagoas. As empresas e as cidades estão em luta contra a natureza!

Na Região Metropolitana, ainda existe uma vegetação nativa de Mata Atlântica e Cerrado, que possui imensos recursos para produzir alimento e remédio, seja num processo industrial, seja pela sabedoria milenar de nossos antepassados indígenas e africanos. Contudo, a ação predatória do agronegócio está cortando e queimando essas matas, substituídas por pasto para o gado ou plantações de soja, milho e outros grãos que são exportados para aumentar a riqueza de poucos. Além disso, para produzir apenas 1kg de carne bovina, gasta-se 15.000 litros de água. As empresas e as cidades estão destruindo as criaturas da natureza!

Nesse cenário, pessoas e animais sofrem o impacto permanente das mudanças climáticas – enchentes devastadoras, calor excessivo, longos períodos de seca, perda de safra, morte de humanos e não humanos. Mas podemos mudar esse cenário!

A Ecologia Integral responde a essa situação catastrófica com a esperança de construir uma vida melhor – vida inspirada por uma fé encarnada, que atua no cotidiano, que promove ações concretas de respeito e proteção à nossa Casa Comum. Vamos mudar essa situação!

A VI Romaria Arquidiocesana pela Ecologia Integral, realizada no dia 07/06 foi impulsionada aos 10 anos da encíclica Laudato Sí do saudoso Papa Francisco e, também pela Campanha da Fraternidade deste ano cujo tema é justamente Fraternidade e Ecologia Integral. Em 2025, também comemoramos 800 anos do Cântico das Criaturas, no qual São Francisco de Assis celebra todas as formas de vida. Que a VI Romaria Arquidiocesana pela Ecologia Integral nos inspire e nos prepare para uma participação consciente na trigésima Conferência das Nações Unidas sobre Emergência Climática (COP30), que será realizada em novembro/25, em Belém do Pará!

 

JUNTOS, VAMOS DEFENDER A VIDA DE TODAS AS CRIATURAS DE DEUS!

DEFENDER A NATUREZA É DEFENDER AS NOSSAS VIDAS!

 

Maria Antonieta Pereira – Conselho Permanente pela Ecologia Integral da Arquidiocese de BH

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