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O Comitê de Bioética da Arquidiocese de Belo Horizonte foi criado pelo arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo, em 2009, inspirado na Campanha da Fraternidade do ano de 2008, que propôs a reflexão sobre o tema “Fraternidade e defesa da vida” e o lema, “Escolhe, pois a vida!” (Deuteronômio 19, 30). O coordenador do Comitê, padre Otávio Juliano de Almeida, recorda que dom Walmor abraçou com entusiasmo as diretrizes da Campanha, instituindo o Comitê, que tem por objetivo assessorar o Arcebispo e a Arquidiocese nas questões que dizem respeito à defesa da vida em sua integralidade, em todos os seus estágios e situações, desde a concepção à morte natural.
Segundo padre Otávio Juliano, que é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma e doutor em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo, o Comitê está sempre atento às questões relacionadas a experiências genéticas, pesquisas com embriões, com células tronco, dentre tantas outras.
No caso brasileiro, especialmente, o sacerdote destaca que além da saúde, são fundamentais os cuidados relacionados à vida como um todo: “A injustiça social, a pobreza, a exclusão, a fome e a miséria também são importantes aspectos das preocupações e ocupações do Comitê, especialmente porque a palavra “bioética” significa “ética da vida””. Por isso mesmo, o Comitê de Bioética tem constituição multidisciplinar, sendo formado por professores, pesquisadores das áreas de filosofia, teologia, bioética, medicina e do direito, que dialogam sobre todos esses temas. “Atuamos em sintonia com as instituições que integram o Vicariato para Ação Social Política e Ambiental (Veaspam) e ficamos à disposição do Arcebispo e da Arquidiocese de Belo Horizonte para contribuir sempre que surgem demandas dentro desse universo” – reitera o sacerdote.
“No presente, a pandemia da COVID-19 é a que mais toca a nossa realidade” – constata padre Otávio Juliano, recordando os diversos artigos produzidos por especialistas que integram o Comitê de Bioética e publicados pela Arquidiocese de Belo Horizonte, sobre o “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, iniciativa que reúne a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outras instituições de reconhecida credibilidade. No mês de março, por exemplo, com o propósito de esclarecer a população, o Comitê também produziu diversas “lives” sobre bioética e vacinação. “Estávamos ainda no início do processo de imunização e existiam muito mais duvidas sobre se as pessoas deveriam ou não se vacinar. A insegurança estava igualmente presente no universo católico e tínhamos o dever de esclarecer a população, dentro e fora da Igreja. Uma época já envolvida em grave polarização, e muitos estavam sendo desencorajados a buscar a vacina, por superstições ou notícias falsas”.
Segundo o padre Otávio Juliano, o Comitê de Bioética já planeja os próximos passos: “ Nosso propósito é continuar priorizando as questões relacionadas à pandemia, trabalhando em articulação com os segmentos da sociedade e com as muitas instâncias da Arquidiocese, a exemplo do Vicariato para Ação Social Política e Ambiental.
Para assistir às lives realizadas pelo Comitê de Bioética da Arquidiocese de Belo Horizonte, clique nos links abaixo:
Viver a linha de frente da vacinação: o que os católicos precisam saber
Bioética e Pandemia: a vacinação e as responsabilidades do Estado com os mais vulneráveis
Bioética e Vacinação: o cuidado como opção cristã